Veja estas postagens que pesquisei sobre o Grafeno, o Staneno e o Germaneno: Materiais que vão revolucionar o mundo digital...
O Grafeno é uma figura famosa do mundo da ciência,
mas ainda é muito difícil colocá-lo em prática, especialmente na forma desejada
pela indústria de eletrônicos. Mas pesquisadores da Universidade de Stanford
encontraram um novo método que, finalmente, pode tirar essa substância do
papel.
Vale
lembrar que o grafeno “ideal” é um material hexagonal e simétrico formado por
uma camada de átomos de carbono, sendo um bom condutor de eletricidade, podendo
atuar como um semicondutor se tiver até 10 nanômetros de espessura.
É
aí que entra o DNA: o ácido desoxirribonucleico está disponível na natureza, é
facilmente manipulado para diferentes formas e age bem em conjunto com íons
metálicos, como cobre, necessário para a fabricação do grafeno
A
fabricação é feita a partir de um processo chamado de combinação molecular.
Nele, um pedaço de DNA bacteriano é colocado em uma placa de silício,
mergulhada em uma solução de nitrato de cobre e aquecida a até 1.000°C na
presença de gases metano e hidrogênio. Isso provoca uma reação química que
deixa resíduos que são quase o grafeno desejado, apesar de possuir algumas
impurezas.
Mas
não espere um avanço desses saindo do laboratório tão cedo: nem mesmo os
pesquisadores sabem direito o porquê da transformação, portanto são muitos os
estudos a serem realizados - mas o passo dado é um dos maiores na área.
Estrutura do Grafeno
O grafeno vai mudar nosso
mundo. É a lâmina mais fina que se pode obter a partir do grafite. Foi
descoberto em 2002 por Andre Geim e P. Kim. Os dois cientistas trabalhavam em
outras pesquisas que não tinham tanto a ver com o material que os tornaria
famosos, como levitação de sapos e morangos.
O feito incrível do
grafeno é sua alta condutividade. Para se ter uma idéia de quão rápido os
átomos passam pelo material, tenha em mente que o silício, material mais usado
atualmente para produção de condutores e semicondutores, pode gerar frequências
de até 20 GHz. O grafeno alcança velocidades superiores a 200 GHz, podendo
chegar a até 1 THz.
Isto
acontece porque os elétrons se comportam como se não tivessem massa, assim como
os neutrinos, que são partículas subatômicas e que, por não possuírem massa,
atravessam tudo o que encontram pela frente. A diferença entre os dois é que os
neutrinos viajam na velocidade da luz.
Além
de veloz, o grafeno é também durável: outras propriedades encontradas no
produto como maleabilidade, transparência e espessura (uma lâmina possui um
nanômetro) fazem do grafeno o próximo passo para a evolução dos
eletrônicos.
A
Os primeiros aparelhos a receberem o novo semicondutor devem ser aqueles que
necessitam de toque para funcionar, como telas touchscreen. Outros usos incluem
televisores LCD e placas de energia solar. Para quem se interessar mais pelo
assunto, Tatiana disponibiliza um link com todo o material apresentado em sua
palestra e que pode ser acessado clicando aqui. Veja também o vídeo uma
demonstração do grafeno numa tela touchscreen acessando
https://youtu.be/3sAc4nqAbOs
Nova forma do grafeno deve
permitir sua aplicação em eletrônicos
Considerado
há anos como um dos elementos essenciais para o futuro da indústria dos
eletrônicos, o grafeno sofre com o fato de suas características o impedirem de
atuar da mesma forma que os chips semicondutores de silício. No entanto, essa
limitação parece estar prestes a chegar ao fim graças a um time internacional
de cientistas que descobriu uma nova forma do material com 10 vezes mais
condutividade do que o visto anteriormente.
O
segredo do novo formato é permitir que elétrons atuem como fótons. O material
usado possui o mesmo arranjo em formato de colmeia formado por nanofitas de
grafeno epitaxial normalmente usado para ilustrar a aparência do elemento. A
diferença é o fato de o arranjo ter sido criado em moldes de carboneto de
silicone com o auxílio de técnicas de microeletrônicos convencionais.
Tudo
isso é aquecido a uma temperatura de aproximadamente 1 mil ° Celsius, o que faz
o silicone derreter, resultando em nanofitas de grafeno com bordas
perfeitamente lisas — característica que permite elétrons viajarem com
virtualmente nenhuma resistência ambiente. “Esse elétrons estão se comportando
de uma maneira muito próxima à luz”, afirma Walt de Heer, professor do Georgia
Institute of Technology, um dos cientistas envolvidos no estudo.
Novas
possibilidades para o mundo dos eletrônicos
“Isso
funciona como a luz navegando por fibra ótica. Por causa da maneira como a
fibra é fabricada, a luz é transmitida sem se dispersar”, explica de Heer.
“Isso permite que cientistas criem interruptores que bloqueiam o fluxo de
elétrons. No passado, eletrônicos feitos com grafeno não eram possíveis porque
o material não possui nenhum bloqueio eletrônico de banda, a propriedade que
controla os transistores tradicionais”, complementa.
Segundo
o cientista, a nova descoberta “deve permitir criar eletrônicos de uma nova
maneira”. A maneira como os elétrons viajam pelo novo material é tão
surpreendente que pode abrir possibilidades nunca antes pensadas por
pesquisadores da área. Agora, o time responsável pela novidade deve trabalhar
no estudo do funcionamento das novas nanofitas com o intuito de determinar como
elas podem ser aplicadas em produtos reais — somente então é que o novo
material deve começar a ser construído em larga escala;
Será
o fim do Silício?
Um
laboratório da IBM montou uma versão rudimentar de um chip semicondutor cujos
circuitos são feitos de grafeno, uma versão cristalina do carbono que se
distingue pela sua disposição atômica. Com isso, os cientistas dão um dos
primeiros passos na introdução de nanotecnologia (que trabalha com materiais na
escala de um bilionésimo de um metro) na fabricação de chips semicondutores – a
base de qualquer equipamento eletrônico.
No
caso, a equipe do laboratório de pesquisas da IBM em Yorktown Heights, no
estado de Nova York, conseguiu criar um circuito integrado e funcional de
grafeno que poderá ser utilizado no setor de comunicação. Caso funcionem
corretamente, esses novos chips poderiam permitir que dispositivos móveis (como
smartphones e tablets) consigam transmitir informações mais rapidamente uns
para os outros.
Com
soluções como essa, os cientistas poderão produzir no futuro chips menores,
mais rápidos e mais eficientes que os de silício. Entretanto, a tecnologia
ainda está em estágio experimental, uma vez que os cientistas têm enfrentado
problemas para que os nanomateriais se comportem corretamente em uma escala tão
pequena.
Outro
problema enfrentado é a fragilidade do material, que pode ser facilmente
danificado durante a fabricação de produtos como um circuito integrado. Com a
ajuda de técnicas utilizadas com o silício, contudo, a equipe da IBM conseguiu
contornar esse problema desenvolvendo o primeiro receptor de frequências de
rádio com o novo material, cujo desempenho é bastante superior ao de outros
modelos.
“Essa
é a primeira vez que alguém conseguiu mostrar que dispositivos e circuitos de
grafeno são capazes de realizar funções modernas de comunicação wireless
comparáveis às realizadas com chips de silício”, disse Supratik Guha, diretor
de ciências físicas do setor de pesquisa da IBM. Será que estamos próximos de
um substituto para o material que alimentou a eletrônica nos últimos 50 anos?
O
Staneno:
Cientistas
da Universidade de Stanford e do SLAC National Accelerator Laboratory podem ter
descoberto um material condutor ainda mais fino e eficiente, podendo transmitir
eletricidade com 100% de eficácia nas temperaturas de funcionamento de um chip.
Batizado
como stanene – combinação entre a palavra stannum (fino)
com o mesmo sufixo usado no nome original do grafeno (graphene) –, o
material é composto por uma única camada de átomos e pode mudar radicalmente a
fabricação de microchips como processadores. “Nós conseguimos imaginar o stanene sendo
usado para muitos circuitos e estruturas, inclusive substituindo o silício no
coração dos transistores”, declarou Shoucheng Zhang, um dos pesquisadores
responsáveis pelo estudo.
Vale
observar, contudo, que o stanene (ou staneno, como em breve
poderemos chamá-lo em português) ainda está em suas fases iniciais de teste e
deve demorar bastante até se tornar algo realmente utilizável no mercado de
tecnologia. Ainda assim, o potencial do material já encanta especialistas ao
redor do mundo inteiro.
O
Germaneno
Um
super material formado por uma camada que tem a espessura de apenas um átomo de
germânio – um elemento químico do grupo do silício. O anúncio mundial da
descoberta desse material foi feito há poucos dias, Milton, neste mês de
setembro de 2014, quando um grupo de cientistas liderados por Guy Le Lay, da
Universidade de Aix-Marseille, publicou um artigo especial no New Journal of
Physics publicou um artigo sobre o novo material.
O
Germaneno já sai em alta velocidade porque é um dos semicondutores mais
utilizados na eletrônica atual, o ue facilita sua integração com
circuitos tradicionais.
Fonte:
http://www.tecmundo.com.br/grafeno
http://www.tecmundo.com.br/ciencia/47453-grafeno-e-coisa-do-passado-conheca-o-incrivel-staneno.htm
Germanene: a
novel two-dimensional germanium allotrope akin to graphene and silicene
M. E. Dávila, L. Xian, S. Cahangirov, A. Rubio, Guy Le Lay
New Journal of Physics
Vol.: 16 095002
DOI: 10.1088/1367-2630/16/9/095002
M. E. Dávila, L. Xian, S. Cahangirov, A. Rubio, Guy Le Lay
New Journal of Physics
Vol.: 16 095002
DOI: 10.1088/1367-2630/16/9/095002
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